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Déficit de Atenção

 Déficit de Atenção (TDH & TDAH)

Atualmente a concepção cientifica de que o transtorno é uma síndrome neurobiológica ligadas à estrutura cerebral relacionadas à sensação do prazer, que pertence ao sistema mesolímbico dopaminérgico localizado as proximidades do hipocampo. “Sendo este uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, considerada a principal sede da memória e importante componente do sistema límbico. (existem estudos sobre as regiões envolvidas nos processos da atenção relacionadas ao TDAH) Asssim como as que se relacionam com a percepção espacial.” Frequentemente a maior parte do caso do transtorno do defict atenção se manifestam em crianças com menos de sete anos de idade. Mais este transtorno não se manifesta somente em crianças, alguma vezes o transtorno do defict de atenção pode surgir no curso de desenvolvimento,ao que tudo indica até os 18 anos de idade.


Sintomas

Entre os sintomas aprontados se destacam a falta de atenção que também pode ocorrer com a hiperatividade e às vezes se encontram associadas a outros comportamentos assim com; baixos rendimentos nos estudos alem de poder apresentar também repentinamente comportamento inadequado, isto é ter atitude inesperadas e conseqüentes. Este tipo de comportamento apresentado pode ser indicio de que a criança possa ser portador do chamado Transtorno do déficit de atenção (TDA) ou mesmo que este transtorno esteja ligado a um comportamento hiperativo (TDAH). Caso a criança apresente dificuldade com os estudos, e os professores relatem indícios constantes de falta de atenção da parte do mesmo e se o seu comportamento se manifesta concomitantemente a hiperatividade em ambos os casos o mesmo deve ser comunicado aos pais. Caso seja constatado através da observação que a criança apresenta um comportamento que comporte uma situação de TDH ou TDAH, os pais ou responsáveis devem ser orientados a procurar um especialista Psicólogo ou Pedagogo a fim de que o mesmo possa ser avaliado. E caso seja confirmado o diagnostico do TDH com ou sem hiperatividade o mesmo deve ser encaminhado a um especialista no assunto a fim de que seja iniciada uma terapêutica adequada ao seu caso.

Etiologia

A origem da doença ainda não se encontra totalmente desvendada no que se refere à exatidão dos motivos que levam ao desenvolvimento deste transtorno em alguns indivíduos. Segundo Szobot a exaustão de um cérebro do portador de um TDAH está intimamente relacionada a uma disfunção do desenvolvimento das ligações (circuito) cerebrais responsáveis pela regulação (inibição e autocontrole). Assim esta exaustão provoca um funcionamento alterado do ponto de vista neurobiológico que se manifestam através de três sintomas que são o déficit de atenção e a hiperatividade e impulsividade.
Pode-se levar em consideração que fatores genéticos são um fator que contribui para o aparecimento do TDAH nos primeiros anos de vida de uma criança. Entre eles se podem destacar fatores hereditários (genéticos e fenótipos) como responsáveis pelo aparecimento do TDAH em crianças. Isto é; geneticamente pode existir uma predisposição para surgimento da doença, assim com influencias do comportamento de adultos portadores deste transtorno que são assimilados e aprendidos (fenótipos) pela criança em seu ambiente familiar. O botânico dinamarquês Wilhelm Johannsen (1911) ressaltou em seu postulado a distinção que existe entre genótipo e fenótipo para diferenciar a hereditariedade de um organismo e o resultado que ela produz. O cientista zoólogo evolucionista britânico Richard Dawkins resumiu este fenômeno da seguinte forma: Genótipo + ambiente = fenótipo a partir desde esquema se pode concluiu com mais detalhes reformulando assim; genótipo+ambiente+variação ao acaso = fenótipo. Estudos realizados entre gêmeos univitelinos e bi vitelinos sobre o tema apontam para uma concordância sobre as influências dos aspectos genéticos e fenotípicos para o desenvolvimento do transtorno do déficit de atenção nas crianças. Em síntese se pode “concluir” que o surgimento do transtorno do déficit de atenção engloba uma serie de fatores que podem contribuir para que a criança passe a desenvolver em determinado ponto de seu desenvolvimento este tipo de transtorno. Embora um ou outro aspecto seja mais provável do que outro, a verdade e que os estudos realizados, demonstram existir sempre evidencias em tais aspectos que contribuem de fato para o desenvolvimento do TDAH em organismos humanos em algum ponto do seu desenvolvimento.

Diagnostico

O diagnostico é realizado ou estabelecido através da observação de características fundamentais. E através de critérios estabelecidos e definidos no CID 10 e no DSMV IV. Geralmente o diagnostico é realizado antes dos sete anos de idade. E o numero de sintomas a ser adotado para realizar o diagnóstico ainda não está de tudo definido, porem os Estados Unidos da America, se adota para chegar a este diagnostico pelos menos, seis sintomas característicos do TDAH. Porem se deve levar em consideração que o diagnostico não deve ser realizado apenas com base em sintomas (n° de sintomas) mais as conseqüências que estes sintomas provocam e na dificuldade de controlar (da criança) as atitudes indesejadas. Importante também se faz é observações do comportamento da criança nas escolas relatada por seus professores assim como por seus familiares. Também devem ser realizados outros testes que serão solicitados pelo avaliador e realizados por especialistas. Testes estes que incluem exames físicos, neurológicos neuropsicológicos e avaliações cognitivas. Todos esses procedimentos são de fundamental importância para a realização do diagnostico diferencial sobre o TDAH. Porem é importante durante o processo diagnostico saber através de professores informações complementares sobre o comportamento da criança em ambiente escolar, e neste ponto a escola desempena também um importante papel no desenvolvimento de aprendizagem da criança com  deficiência em seu nível de atenção. Do mesmo modo assume um importante colaborador em seu desenvolvimento a contribuição familiar através da cooperação no que se refere aos procedimentos prescritos pelos profissionais em sua terapêutica.

Uma referencia

Acompanhei um caso de um adolescente em instituição psiquiátrica, reincidente em suas internações, motivadas pela incapacidade de seus familiares em conviverem com o mesmo devido o grande desperdício de tempo dedicado ao mesmo sem nenhum sucesso. Aqui não tenho intenção de relatar um caso, um estudo de caso, apenas quero relatar alguns dos comportamentos apresentados quando o mesmo era retirado de sua enfermaria para realizar alguma atividade. O mesmo foi assistido alguns meses em seu internamento acompanhado por equipe multiprofissional daquela instituição da qual eu fazia parte. Paciente orientado no tempo e no espaço com bom nível de inteligência. Não conseguiu cursar o ensino fundamental, pois quando matriculado, não participar satisfatoriamente das aulas devido o seu inquieto comportamento. Era capaz de fazer seu nome ou qualquer copia desde que alguém antes escrevesse para que ele copiasse em outra folha sem cobrir, o com boa caligrafia. Um dos raros momentos que conseguia parar por algum momento na atividade.  Ao sair da enfermaria (seu comportamento na enfermaria, aqui não será mencionado) o mesmo era conduzido pelos corredores do hospital. Em seu percurso o paciente apresentava grande numero de comportamentos indesejados. Assim ao abrir a enfermaria o paciente imediatamente sai investindo e provocando outros pacientes que ali se encontravam muitas vezes se pendurava na grade, se dirigia para a enfermaria que ficava em frente e logo pegava um prontuário, ou mesmo um copo para encher de água dizendo que ia beber o resto já ia jogando em outra pessoa, só com o intuito de provocar. Era um tipo de paciente desestabilizador de qualquer ambiente. Durante o percurso que constava mais ou menos de uns duzentos metros o mesmo ao passar em frente ao pavilhão destinado a outros pacientes adultos, batia nas grades e gritava o nome de algum paciente que ali se encontrava. Ao chegar à biblioteca lá encontrava outros pacientes que por diversas vezes entrou em atrito com algum deles. Certa vez ao levanta-se (quando conseguia se por sentado) para pregar alguma coisa ao voltar encontrou outro paciente sentado no lugar, este foi um motivo para que o mesmo retirasse o paciente da à cadeira dizendo que aquele era seu lugar, e como outro também reagiu logo se estabeleceu um conflito a ser solucionado. Não conseguia se por quieto para realizar uma atividade,rabiscava algum papel mais não concluía,pegava uma revista folheava algumas paginas e já ia mudando para outra atividade. Sempre encontrava um motivo para deixar a atividade, solicitava ir para o campo de futebol onde também eram realizadas outras atividades. Passava o tempo inteiro sugerindo outras atividades, sem que em a nenhuma delas se adequasse. Rara era a vez que conseguia parar para realizar uma atividade, assim mesmo por pouco tempo é obvio. E para concluir é bom ressaltar que este paciente embora assistido por equipe multiprofissional em nenhum momento foi submetido a outros exames complementares a fim de que se chegasse a um diagnostico mais preciso ou concluso. Sua terapêutica limitou-se a prescrições da psiquiatria e atividades da psicologia e educadores físicos. Afinal de contas ele se encontrava em instituição publica onde os serviços prestados estão sempre a desejar. O paciente retornou para seus familiares, e sempre questionei sobre o diagnostico do mesmo, pois não foi realizado nenhum teste complementar para se chegar a uma conclusão sobe o diagnostico do mesmo, o jovem paciente era usuário moderado de cannabis (maconha) o que com certeza agrava ainda mais seu comportamento. E o diagnostico definitivo ao sair do hospital referia-se ao uso de substância psicoativa cannabis que no código internacional de doenças é descrito em F12. Ora é sabido que se o diagnostico diferencial não forem estabelecidas com certeza as prescrições terapêuticas, principalmente da psiquiatria, não ofereceram resposta satisfatória ou talvez nenhuma em resposta.

Terapêutica Medicamentosa

Há muito tempo que se prescrevem aqui no Brasil, para o tratamento do TDAH o estimulante metilfenidato (único medicamento comercializado) como o medicamento mais indicado nesta terapêutica. Algumas pessoas questionam a utilização do metilfenidato (estimulante leve do SNC) entre eles até alguns profissionais “pediatras” que não aconselham a sua utilização com receio de que este estimulante venha futuramente contribuir para que o paciente seja induzido pela “dependência” e passar a  utilizar outras substâncias de natureza psicoativa. Tenho estudado e lido alguns artigos sobre este procedimento e existe muita controvérsia sobre a utilização do metilfenidato e sua correlação com o uso de outras drogas psicoativas. Alguns estudos realizados com pacientes que utilizam o metilfenidato demonstram que os casos em que o paciente submetido ao tratamento com estimulantes (do tipo metilfenidato) e que passaram a utilizar outro tipo de droga, está mais relacionado ao distúrbio de conduta, (freqüente em portadores do déficit de atenção) do que propriamente ao uso do medicamento estimulante. Mais sempre estes estudos se restringem a relatar resultados em forma de síntese, e dificilmente se encontra estudos publicados com mais detalhado do procedimento adotado, exceto nos meios acadêmicos. E com se sabe nos meios científicos, seus métodos de pesquisa, podem ocorrer às possíveis interferências de variáveis estranhas em suas conclusões. Principalmente quando se trata de estudos relacionados ao comportamento humano. Eu pessoalmente em minhas experiências em hospital psiquiátrico entendo que a droga por si só, não seja de fato, a causa do uso de outras drogas pelo paciente com TDAH. Mais especificamente, sobre o tema, sempre se pode questionar se o que leva a paciente usuário de metilfenidato ou quaisquer outras drogas utilizadas no TDAH, e que depois passam a usar outro tipo de droga psicoativa, seja na realidade, só uma conseqüência do distúrbio de conduta, ou se os dois não estão intimamente relacionados.

Em 1937 Charles Bradley conduziu um estudo sobre a eficiência de um estimulante no tratamento da hiperatividade (o mais antigo trabalho sobre TDAH que se tem registro) utilizou em seu estudo quando administrou anfetamina (benzedrina)a um grupo de crianças que apresentavam comportamento hiperativo e no final observou que as crianças apresentaram uma melhora significativa do comportamento em relação ao anteriormente observado. Atualmente o metilfenidato é um fármaco utilizado com estimulante leve do sistema nervoso central (SNC), é estruturalmente relacionada com as anfetaminas não se sabe bem qual o seu mecanismo de ação. É um estimulante psíquico mais utilizado no Brasil para o tratamento do déficit de atenção TDAH. Substância classificada na categoria das estimuladoras do sistema nervoso central, capazes de aumentar a atividade de determinados grupos de células nervosas, com elevado estado de alerta, insônia e aceleração dos processos psíquicos. São exemplos dessas drogas as anfetaminas, entre as quais se encontra o metilfenidato.

Modelo tridimensional da anfetamina
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As anfetaminas são também conhecidas como bolinhas, ribite - são substâncias sintéticas produzidas em laboratórios e comercializada como medicamento. São usadas de forma injetável e por via oral, como moderadores do apetite e como estimulante. São exemplos dessas drogas o fenpropporex, metilfenidato, manzidol, metanfentamina e a detilpropiona. Uma pessoa que usa esse tipo de droga experimenta uma diminuição do apetite e do sono, sente-se cheia de energia e menos cansada, mesmo que faça uma atividade considerada de esforço excessivo, ocorre dilatação da pupila (midríase), elevação da pressão arterial e taquicardia. Também podem causar tolerância principalmente em pessoas que utilizam doses altas desde o início. Na síndrome de abstinência surgem sintomas depressivos bastantes intensos, como falta de animo de energia e perda da volição.

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