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PLANO TERAPÊUTICO

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PROPOSTA PARA UM PLANO TERAPÊUTICO EM SAÚDE MENTAL


O Plano terapêutico aqui sugerido tem a finalidade de atender os objetivos de instituições hospitalares de referência assim como para serviços substitutivos em saúde mental. Um plano terapêutico em saúde mental está direcionado a oferecer uma assistência mais especifica ao doente mental, ou portador de um transtorno mental ainda que seja este transitório. Atualmente novas formas de abordagens vêem a se contrapor a velha e tradicional forma de assistência ao doente mental. Alem do que preconiza a reforma psiquiátrica, também surge uma nova forma de condução a assistência aos usuários dos serviços de saúde. Existem as especialidades em que os profissionais da área de saúde traçam metas e objetivos a seguir, em comum acordo com o paciente, delimitando obstáculos para eliminá-los e atingir metas, pré-estabelecidas, este é um trabalho construído atualmente pelo treinador de saúde (coaching) profissionalmente  conhecido como um coach e seu cliente, (Coachee).  


Infelizmente ainda hoje no Brasil este novo tipo de abordagem está longe de ser utilizada em nossos hospitais públicos. Como ainda não atingimos tal estágio ao menos, antes de tudo, se tem que levar em consideração o que é terapêutico e o que não é terapêutico para o paciente. No entanto em certos momentos não podemos levar em consideração a vontade do paciente. Assim quando o paciente chega ao hospital (acompanhado de familiares ou até mesmo de autoridade policial) em surto, com quadro de agitação psicomotora, desorientada e sem capacidade de formar juízo, aí sim as intervenções terapêuticas dever ser realizadas sem o consentimento do mesmo. E por este motivo só após remissão do surto inicial é que se deve (respeitando a ética profissional e a relação multidisciplinar) construir um plano terapêutico, delineando entre as opções terapêuticas existentes na instituição, e que mais se adéqüem necessidade do paciente.


As intervenções aqui sugeridas são regulamentadas pela  LEI n° 10.216, de seis de abril de 2001, que dispõe sobre os procedimentos legais da internação psiquiátrica em todas as suas modalidades, e na portaria 251/03/01/2002 que define critérios de avaliação em hospitais psiquiátricos. No artigo 6°da lei 10.216, dispõe que a internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. No artigo 7° da mesma lei, parágrafo único; "O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento." Como anteriormente havia ressaltado o caso em que não se pode levar em consideração a vontade do paciente, aí fica ressalvado que o procedimento é assegurado, sua legalidade mediante a permissão escrita de terceiros. Neste caso sem a permissão do paciente os procedimentos iniciais são realizados, uma vez que se entende que tais procedimentos são terapêuticos ainda que contra a vontade do mesmo. É o caso das intervenções medicas em prescrições medicamentosas imediatas (urgências) para amenizar o transtorno apresentado pelo paciente. Tradicionalmente tudo é prescrito, e o paciente tem que seguir a risca, todas as indicações dos profissionais especialmente os do médico.  Em alguns transtornos como na depressão profunda aguda ou recorrente por exemplo. E comum observarmos que nenhuma intervenção parece não se adequar de inicio, ao portador desse tipo de transtorno. 


Na pratica clinica, em instituição psiquiátrica, diariamente tenho observado que uma atividade que muitas vezes, naquele momento, não é terapêutica para o paciente, Como exemplo o caso em que o paciente é usuário de bebida alcoólica e não deseja participar do grupo dos alcoólicos anônimos. Mesmo assim o paciente é encaminhado para participar daquela atividade só porque aquele procedimento da proposta terapêutica, vigente naquela instituição é vista como de fato terapêutica. Assim entendo que antes de se designar a terapêutica para cada paciente se tem que levar em consideração, não só o plano terapêutico disponível na instituição, mais também as preferências do paciente.


A questão terapêutica é muito relativa se levarmos em consideração os acontecimentos que envolvem as ações terapêuticas. Assim quando selecionamos uma parcela da população de pacientes internos para realizar um passeio pela cidade, isto sem duvida não deixa de ser terapêutico. Mais se levarmos em conta a questão que antes ressaltei como relativa aí sim algo parece que não e tão terapêutico como pensamos ser. Pois alguns pacientes que não foram selecionados para tal atividade ficam revoltados, já observei momentos em que pacientes não selecionados ficaram insatisfeitos porque não foram incluídos, na lista dos contemplados para tal procedimento terapêutico. Por outro lado temos a questão da responsabilidade com a segurança dos pacientes que por algum tempo se ausentam da instituição para realizarem tal atividade e correm o risco de aproveitar a oportunidade para se ausentar do grupo, além de no trajeto a probabilidade de envolvimento com acidente entre outros.


E quanto ao atendimento clinico individual. Será que o mesmo está sendo de fato respeitado o sigilo as informações prestadas pelo paciente? Quanto às anotações em prontuários o que deve realmente ser relatado (posto no prontuário) para preservar a integridade do paciente? Todos parecem conhecer este aspecto da situação ética  Mais em alguns momentos durante minha permanência em instituição tenho visto alguns colegas negligenciarem este aspecto da privacidade a informações confidencial de pacientes, que algumas vezes vão parar em prontuários, compartilhados por outros funcionários, que não deviam e nem tem formação para estar o par de tais informações. E o pior é que alguns momentos o mesmo paciente chega a ser assistido em atendimento individual, (sua escuta) por dois psicoterapeutas, em momentos distintos, o que evidencia, portanto a falta de critérios no traçar de objetivos em beneficio do paciente. Se fossemos enumerar de forma mais detalhada cada situação terapêutica, desenvolvida em instituição hospitalar psiquiátrica, e até mesmo em serviços substitutivos, certamente sempre iríamos relatar ou descrever os aspectos favoráveis e desfavoráveis de cada atividade terapêutica que realizamos em benefício terapêutico do paciente. Por este motivo deveremos estar sempre atentos para evitar que coisas como esta venham acontecer em instituições que devem pautar um trabalho voltado para a assistência ao portador de um transtorno mental . Daí a importância de um projeto terapêutico escrito para a instituição e que atenda individualmente a necessidades do usuário como preconiza a LEI n° 10.216, de seis de abril de 2001 e a portaria 251/03/01/2002 do PROGRAMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS HOSPITALARES – PNASH/PSIQUIATRIA.


Portanto a intenção de construção deste projeto é apenas uma síntese, como proposta de um plano terapêutico apenas mais um entre muitas outras propostas terapêuticas que possam existir. Procuro, no entanto fazer uma reflexão sobre os novos procedimentos, preconizados pela da reforma psiquiátrica. Alem disso, realizei alguns comentários sobre os procedimentos terapêuticos deste plano e alguns parâmetros para a construção de planos específicos em todas as modalidades. Cuja intenção é colaborar com colegas e outros profissionais para a elaboração de cada item de modalidade. E ao mesmo tempo abrir espaço para o dialogo sobre essas dificuldades... Sei que cada profissional tem encontrado também muitos empecilhos a realização de suas atividades desde os profissionais de apoio, de nível superior até mesmo os gestores das instituições de base e referencia. É obvio que cada plano terapêutico e todos os debates sempre deve se adequar a cada realidade institucional e mais especialmente a cada peculiaridade da intenção terapêutica a que se proponha ser utilizado em beneficio do portador de um transtorno mental ou comportamental em regime de internação.

Objetivos: 


Objetivo geral


Administrar aos usuários um serviço especializado e de referência


Objetivo Especifico


*Assistir a reinserção social dos usuários através de ações multiprofissionais que envolva educação, trabalho terapêuticos, atividades esportivas, cultura e diversão.
*Trabalhar a qualidade de vida dos usuários e seus familiares através de atividades realizadas por equipe multiprofissional com assistência grupal e individual.
*Reconstruir uma melhor qualidade de vida para usuários e familiares através de ações terapêuticas assistida.
*Utilizar suporte ao atendimento em regime de atenção sistemática e diária.
*Minimizar o transtorno apresentado pelo paciente em regime de internação.
 
01-Socioterapia 
Na Socioterapia são utilizados técnicas e métodos terapêuticos que tem como propósito, a reinserção e readaptação do individuo dentro do contexto sócio-cultural no qual está inserido. E que por algum motivo se encontram desajustados, ou até mesmo marginalizados.
02-Oficina Terapêutica
As oficinas têm como objetivos realizar encontros através de atividades terapêuticas, cujo propósito é promover o exercício da cidadania de pacientes portadores de algun transtorno através na maioria das vezes da arte como forma de inclusão social. Desenvolver habilidades motoras, criatividade e afasta a ociosidade.

03-Oficina de Canto 
Tem por finalidade oferecer ao paciente um ambiente que priorize o bem estar e alegria de viver, e ao mesmo tempo despertar no individuo o gosto pela musica. Alem de minimizar a tristeza as angustias tão comum aos portadores de transtornos mentais. 
 

04-Cozinha Experimental
Utilizar a cozinha experimental como  uma atividade ocupacional e terapêutica, através da culinária regional, a fim de oferecer aprendizados sobre o ato de fazer e preparar alimentos, utilizando técnica culinária regional adequada às necessidades do usuário para educação e promoção da saúde. Integrar e sociabilizar pacientes em virtude da cozinha regional.

05-Atividades de Leitura na Biblioteca
Uma atividade através da leitura em biblioteca se torna ainda mais importante para o paciente quando a atividade e realizada assumindo um caráter terapêutico. Favorecer a leitura e atualização do paciente.
06-Grupos  Terapêuticos
Esta técnica pode ser realizada em diversas situações, entre elas podemos citar a formação de grupos operativos com familiares de pessoas portadoras de doenças mentais, grupos com atletas, com usuários de drogas, e um grande numero de opções para realização desta técnica. Essencial para integração entre usuários em processos de identificações.
 

07-Grupos Operativos
Na realização dos grupos operativos existem vínculos, que teoricamente é composta por uma estrutura bastante complexa - isto porque dentro de um grupo sempre haverá interferências de um personagem nas relações. Oferecem condições ao profissional e aos pacientes de trabalharem as dificuldades relacionadas à sua enfermidade

08-Grupos de Familiares

Trabalhar o tema família e doença mental tem por objetivo o interesse de compreender como é a vida cotidiana do familiar do portador, por exemplo, de doença mental grave. Minimizarem a dor e sofrimento de familiares

09-Grupos Especiais - Formação de grupos com usuários de Substancia ilícitas  paa Conscientização e Redução de danos.

10-Grupo de Alcoólicos Anônimos
Durante sua primeira década, Alcoólicos Anônimos acumulou uma experiência substancial que indicava que certos princípios e atitudes em nível de Grupo tinham grande valor para assegurar a sobrevivência da estrutura da Irmandade.Orientar possíveis encaminhamentos aos grupos de Alcoólicos em suas comunidades.

11-Atendimento Clínico Individual
Personalizar atendimento ao paciente portador do transtorno.

12-Atendimento Multiprofissional 
O Atendimento Multiprofissional é um tipo integrado de atividade, em que vários profissionais, em suas instituições, utilizam com forma de melhor interagir frente aos problemas de saúde mental. Possibilitar a equipe o relacionamento interdisciplinar completando o entendimento sobre o quadro clínico do paciente.

13-Passeios Terapêuticos [Programados] 
Oferecer situações capazes promover a reinserção do paciente no meio social.

14-Horta Terapêutica
A horta terapêutica é uma atividade auxiliar no tratamento de pacientes portadores de transtorno mental seja ele grave ou não. Esse tipo de terapia é uma atividade ocupacional, que em primeiro lugar deve ser destinada ao paciente que se identifica por esse tipo de atividade.Oferecer condições ao paciente de desenvolver atividades relacionadas à cultura regional do meio em que vive.

15-Biodança
A Biodança é uma técnica terapêutica criada pelo Psicólogo e Antropólogo Chileno Rolando Toro Araneda. Biodanza do espanhol é um neologismo do grego Bio = a vida + dança que em nosso entendimentos significa a "dança da vida".Seu principal objetivo é a integração afetiva humana através de um encontro não-verbal utilizando como instrumento a musicas.Através da musica e da dança de forma descontraída auxiliar na formação da expressão corporal.

16-Psico-drama
Psico-drama pode ser aplicado em duas áreas distintas, a Psicoterapêuticas e a pedagógica. É uma técnica baseada em atividades realizadas em grupo, cujo fundamento é a espontaneidade e criatividade e a teoria dos papeis.Possibilitar ao grupo de pacientes o desenvolvimento de um tema através da representação e do compartilhamento.

17-Comemorações Festivas
Atualizar  usuários sobre as festividades culturais e regionais.

18-Comemorações Mensais
Dia dos Pais, Dia das Mães, Festas Cívicas. 

19 – Visitas de Familiares
Oferecer aos pacientes momentos emocionais que contribuem para o fortalecimento dos laços familiares.

20-Atividades Desportivas
Melhorar a condição cárdio respiratória do paciente alem de promover momentos de descontração e lazer.
Obs.: As opções terapêuticas acima relacionadas, são apenas algumas considerações sobre a  atividade a ser realizada e não objetivos específicos.

Algumas Considerações Sobre aa Atividades Terapêuticas

01) A Socioterapia é uma atividade terapêutica, cujo objetivo e oferecer ao individuo uma melhoria de condições de vida através de técnicas de investigação para determinar qual o melhor procedimento a ser indicado em seu caso. Na Socioterapia são utilizados técnicas e métodos terapêuticos que tem como propósito, a reinserção e readaptação do individuo dentro do contexto sócio-cultural no qual está inserido. E que por algum motivo se encontram desajustados, ou até mesmo marginalizados.

Entre os métodos utilizados na socioterapia são utilizados frequentemente a Observação, Técnica de entrevistas Historia de vida, formulários e estudo de casos (Clinico). De forma geral se realiza uma anamnese do individuo que procura o serviço. Com o levantamento de dados apurados sobre a vida do individuo se pode chegar a um diagnostico e a partir deste se pode então utilizar a técnica ou o métodos mais adequados a sua terapêutica. Em alguns conflitos ou desajustamento se pode utilizar o sócio-drama. Na realização do sociodrama é necessário um grupo de pessoas não muito grande, um conflito uma historia. Que pode ser qualquer coisa do cotidiano um conflito entre idosos e jovens, pai e filho e assim escolher entre eles atores para a representação. Porem esta técnica deve ser realizado por técnicos especializados, a fim de que não venha causar constrangimentos a qualquer membro participante do grupo. O sociodrama possibilita a liberação de tensões através do dialogo sobre as dificuldades por cada membro do grupo. Enfim a técnica é utilizada para favorecer a comunicação e a interação entre os participantes do grupo. Também podem ser utilizadas algumas técnicas de Dinâmica de Grupo. (São ferramentas que completam o processo de formação e organização que proporcionam a criação e recriação do conhecimento). E até algumas atividades Lúdicas. (é todo e qualquer movimento que tem como objetivo dar prazer em sua execução, cuja finalidade e divertir o praticante). É conhecida com uma forma de brincar

A socioterapia tem sido utilizada em instituições psiquiátricas com meio de facilitar a ressocialização do paciente portadores de transtornos psiquiátricos. Através da socioterapia o paciente pode encontrar o melhor meio para sua integração ou reintegração no meio em que vive. Dentre os procedimentos utilizados nas ações terapêuticas encontram-se a conscientização do paciente sobre a importância da terapia medicamentosa a disciplina no tratamento, direitos e deveres, os preconceitos, seus limites e seu papel no meio em que este inserido. Quanto ao tema preconceito este é obviamente encontrado entre familiares que devido ao comportamento apresentado pelo parente próximo o julgam louco. E que o mesmo deve ser alienado da família mantê-lo distante dos vizinhos a fim de preservar o "status” da família. Este e um papel importante a ser cumprido pelo socioterapeuta, convidando seus familiares para participarem de atividades realizadas na instituição, afim de que passem a encarar a doença mental a partir de referencial diferente sem tabus e discriminação. Diante de ações como esta o paciente nas atividades socioterápicas em seu relacionamento com outros picantes, assim com outros profissionais e com a participação de familiares, sem duvida terá uma elevação da sua auto-estima e autoconfiança o que proporcionara um melhor entrosamento em sua convivência dentro de sua comunidade.

Comentário - A socioterapia e uma técnica que poder beneficiar qualquer pessoa, desde que se encontra em condições que se possa considerar fora dos padrões considerados normais para a comunidade. Pessoas portadoras de necessidades especiais com limitações físicas, auditivas, visuais, motoras.Síndrome de Down,Autismo,portadores de doenças mentais,dependentes químicos...e todo e qualquer outro grupo da comunidade que necessite de apoio através de ações terapêuticas profissionais para que possa melhor se integrar ou reintegrar a meio social que vive.
A Equipe multiprofissional é formada por: Medico psiquiatra, Medico clínico assistente, Psicólogo Assistente, Assistente Social, Enfermeiro, Professor de Educação Física,  Terapeuta Ocupacional; Arte Terapeuta. Entre outras.
 


02)
OFICINAS TERAPÊUTICAS
As oficinas têm como objetivos realizar encontros através de atividades terapêuticas, cujo propósito é promover o exercício da cidadania de pacientes portadores de transtorno mental através na maioria das vezes da arte como forma de inclusão social. Há muito tempo que se utiliza em psiquiatria, as oficinas, como forma de trabalhar as dificuldades do pacientes. Portanto  com  o   tempo os conceitos vêm passando por transformações significativas. Atualmente se tem levado em consideração, princípios voltados para cada realidade institucional e regional, levando em consideração também as preferências dos pacientes e suas habilidades. No inicio com a técnica livre era utilizada como forma de acesso ao mundo interior do paciente. Acreditando-se que esta técnica por si só propiciava a cura do enfermo. Hoje, portanto o importante e definir ações que proporcionem ao doente oportunidade para a desinstitucionalização dando maior importância ao processo criativo do paciente. Retirando do médico a exclusividade nas decisões terapêuticas que muitas vezes não compartilhavam com interesses e vontade do próprio paciente. Hoje, portanto sabe-se que as ações terapêuticas devem ser compartilhadas com toda equipe. Mais sempre sem deixar de levar em consideração a realidade institucional e regional e a tendências vocacionais do paciente. Não se devem impor ações terapêuticas de outras regiões que não tem nada a ver com a realidade em que está inserido. Mesmo contra a sua vontade, só porque tais ações são consideradas terapêuticas para a instituição.

03) 
OFICINA DE CANTO


Tem por finalidade oferecer ao paciente um ambiente que priorize o bem estar e alegria de viver, e ao mesmo tempo despertar no individuo o gosto pela musica. Alem de minimizar a tristeza as angustias tão comum aos portadores de transtornos mentais.
Uma oficina de canto dever ser realizada com no mínimo as seguintes condições;
a) Sala com dimensões adequadas ao tamanho do grupo;
b)com carga horária em torno de 01 hora;
c) Numero de participantes em torno de doze pessoas;
d) Em se tratando de pacientes internos relacionar pacientes em condições psicossociais satisfatórias para realização da sessão.

Comentário-Uma oficina de canto deve ser realizada por um professor de Musica que realizara; técnicas de respiração; técnicas musicais; dinâmicas para o canto, musicalidade e técnicas vocais.

04)
  COZINHA EXPERIMENTAL


Utilizar a cozinha experimental como  uma atividade ocupacional e terapêutica, através da culinária regional, a fim de oferecer aprendizados sobre o ato de fazer e preparar alimentos, utilizando técnica culinária regional adequada às necessidades do usuário para educação e promoção da saúde.

A cozinha experimental deve ser realizada em ambiente especialmente projetado para serviços de alimentação em que se devem manter os padrões de higiene das instalações dos equipamentos, e de todos os utensílios, da qualidade dos alimentos e da água. O Trabalho deve ser supervisionado por profissional especializado que cuidara do manejo correto dos alimentos e dos resíduos e da saúde dos demais membros da equipe. A fim de que o objetivo terapêutico da atividade promova aprendizado, educação e saúde e, portanto a auto estima do paciente enquanto membro do grupo. WRA2010-10-08

Comentário - Este tipo de atividade parece ser essencialmente empírico e sem grandes exigências, mais não é, portanto é necessário que se faça um projeto, a fim de que sejam delimitados parâmetros referentes à manipulação dos alimentos e dos integrantes ( que não devem apresentar qualquer tipo de enfermidade) e também aspectos das instalações físicas que devem ser projetados para atender as exigências do objetivo terapêutico, das normas e dos padrões de higiene. Wra2010-10-01

05)
ATIVIDADES DE LEITURA -  BIBLIOTERAPIA

Uma atividade através da leitura em biblioteca se torna ainda mais importante para o paciente quando a atividade e realizada assumindo um caráter terapêutico. Neste ponto a atividade passa a ser muito mais do que uma simples atividade de leitura,ela passa a ser uma ação terapêutica que podemos denominar de “Biblioterapia”. A biblioterapia e um termo que tem origem no grego (De biblion + Therapein) assim podem utilizar o termo biblioterapia ou biblioterapêutico quando nos referimos a uma atividade terapêutica realizada na biblioteca.

Dentro desta perspectiva, esta atividade sugere uma forma especial para a terapêutica com pacientes portadores de transtornos mentais. Através da leitura, que permita uma atualização e aprendizado e ao mesmo tempo uma identificação que permite ao paciente uma interação entre o que é e o que pode ser. Ou seja; seu universo e a realidade. Uma atividade de leitura e de grande importância para o paciente no conjunto de ações terapêuticas a ele apresentado, uma vez que ao ler um texto o individuo –paciente- passa a construir através do processo de identificação um texto paralelo intimamente ligado as suas experiências pessoais. Isto acontece porque, embora significado dos conceitos seja de conhecimento geral, (a forma como são assimilados culturalmente) é diferente no que se refere à assimilação pessoal e à resposta apresentada -apos a decodificação do termo- pelo paciente, em sua subjetividade.

Este fenômeno faz parte do processo intuitivo de cada individuo. Frequentemente alguns pacientes em suas patologias apresentam alterações no significado dos conceitos que para ele muitas vezes já não significam o que devem significar -significado geral- e nestas condições o individuo após decodificar um determinado conceito a ele apresentado manifestara como resposta algo inteiramente sem significado e sem coerência no sentido da interpretação que o mesmo dá ao termo, em relação ao verdadeiro significado do deste. Isto permite ao técnico melhor entender e compreender que as palavras manifestas - extensão do pensamento- refletem o nível de alteração apresentada pelo paciente, que vão desde uma ”simples” interpretação neurótica a mais inesperada interpretação delirante psicótica. E, portanto o técnico deve utilizar técnicas e abordagens adequadas para intervenção durante o diálogo com o paciente.
Dentro desta perspectiva, uma atividade que seja uma simples leitura ou mesmo a Biblioterapia, sugere um trabalho especial para o tratamento de pacientes quer em bibliotecas, quer em enfermarias, utilizando como instrumento tanto a leitura quanto Biblioterapia. O paciente, través da atividade de leitura, deve ser estimulado a atualização num processo de realimentação que proporcionara mudanças cognitivas e consequentemente do entendimento acerca de si mesmo e a relação como o meio em que vive, e construir mudanças significativas em seu comportamento.

Comentário
– O papel da leitura é importante para a melhoria da qualidade de vida do paciente durante o período de internação hospitalar. Através da leitura ou da Biblioterapia,(leitura assistida) o terapeuta pode desempenhar importante contribuição para minimizar os sentimentos de angústia, isolamento, fragilidade física e emocional decorrentes de sua enfermidade e da internação hospitalar. WRA2010-10-02

GRUPOS TERAPÊUTICOS


06) GRUPO OPERATIVO
É uma técnica criada por Pichon-Rivière, que consiste essencialmente em um trabalho grupal que tem em seu objetivo buscar e facilitar o processo grupal de aprendizagem, cuja extensão é a mudança. Esta técnica pode ser realizada em diversas situações, entre elas podemos citar a formação de grupos operativos com familiares de pessoas portadoras de doenças mentais, grupos com atletas, com usuários de drogas, e um grande numero de opções para realização desta técnica.
 
Na realização dos grupos operativos existem vínculos, que teoricamente é composta por uma estrutura bastante complexa - isto porque dentro de um grupo sempre haverá interferências de um personagem nas relações. O vinculo é criado a partir da motivação que é orientado em determinado sentido. Os vínculos são estabelecidos através da internalização recíproca. E que depende essencialmente dos processos de aprendizagem de cada individuo. Para Pichon-Rivière cada integrante do grupo,suas atitudes,emergem a partir de suas necessidades,esta por sua vez e a forma de pela qual se orienta a conduta. Porem em se tratando do compartilhar necessidades no que se refere a atingir objetivos comuns, aí sim esse processo se constitui uma tarefa a ser realizada pelo grupo. Quando o grupo passa a compartilhar necessidades para atingir determinados objetivos surgem às dificuldades uma vez que o mesmo é formado por pessoas com vivencias e experiências singulares. Assim surgem dificuldade de natureza projetiva e transferências, dos conceitos e referências pessoais. Essas dificuldades apresentadas pelo grupo, essa resistência, acontece devido o medo que o individuo tem de perder o conquistado e o conhecido. Diante da situação vivenciada dentro do grupo. E o medo provoca ansiedade devido à incerteza do que vai acontecer e esta incerteza provoca à resistência a mudança. A resistência é, portanto uma forma de se perceber de que o grupo agora está a caminho do projeto. E a partir do momento que o grupo passa a remover os problemas para atingir seus objetivos, então a partir desse momento o grupo pode elaborar um projeto que seja viável para o grupo e dessa forma esse grupo passa a operar mudanças significativas.
COMENTÁRIO - O Grupo Operativo antes de se tornar propriamente operativo passa por situações de estruturação, desestruturação e reestruturação. Em determinados momentos as discussões parecem culminar com a dissolução do grupo. Isto porque o mesmo e formado por pessoas com diversos níveis de aprendizagem, conceitos carregados de significados, e suas referencias pessoais. Portanto um coordenado de um Grupo Operativo deve conhecer os fundamentos da dinâmica de grupo e reconhece-los no momento certo, para poder ser capaz de avaliar a operatividade do mesmo. O coordenador deve trabalhar como um facilitador, orientador, para que o grupo venha a se tornar um grupo operativo capaz de operar mudanças que é o seu objetivo.
"O Homem, pela natureza ilimitada da mente humana, onde quer que esta refocile na ignorância, erige-se a si própria como regra do universo” Vico (1668-1744).

07)
Assistência Familiar (GRUPO COM FAMILIARES)


Trabalhar o tema família e doença mental tem por objetivo o interesse de compreender como é a vida cotidiana do familiar do portador, por exemplo, de doença mental grave. A convivência com o doente  e o portador do transtorno mental, e identificar as representações por eles construídas a respeito do fenômeno saúde doença mental, face às transformações que estão a orientar este campo da saúde voltada para a terapêutica do portador de transtorno mental. A imediata influencia de uma cultura globalizada inscrita no campo simbólico e na construção das integrações sociais, refletem como forma transformadora das tradicionais intervenções terapêuticas em uma nova ótica que assiste ao portador do transtorno mental e a seus familiares, novos conceitos e novas formas de abordagens terapêuticas em beneficio do doente e seus familiares.

Podemos identificar a família enquanto um grupo que constitui um campo de relações entre pessoas que compartilham significado de suas experiências, na formação de personalidades singulares existenciais. Antes da reforma psiquiátrica a assistência ao portador de transtornos mental, limitava-se ao tratamento "especializado" em hospitais Psiquiátricos, que com o passar do tempo acabou por estigmatizar o usuário deste serviço, por conta de sucessivas criticas aos padrões de tratamento até então adotados. Os tratamentos estavam limitados às internações para o tratamento medicamentoso como forma de controlar o transtorno do paciente. Utilizando-se um esquema medicamentoso como meio exclusivo para remoção de sintomas por ele apresentados. WRA2010-10-08

Comentário - Em síntese o tratamento psiquiátrico antes da Reforma Psiquiátrica limitava-se mais em uma assistência que dependia exclusivamente do medico e seu embasamento cientifico. Sem levar em consideração outras categorias profissionais. Desta forma alienava o doente se suas interações com outros profissionais e principalmente de seus familiares. Após o advento da reforma psiquiátrica, algumas transformações vêm acontecendo no campo da assistência ao portador do transtorno mental. A proposta preconiza a diminuição da oferta de leitos em instituições hospitalares de referência e ao mesmo tempo criar serviços substitutivos como atenção a saúde mental. Criaram-se os CAPS Centros de Atenção Psicossocial (alguns especializados no tratamento de usuários de drogas). Hospitais dia, entre outras formas de assistências ao dente mental. Mais apesar de tudo isto os novos conceitos para o tratamento do doente mental de nada poderíamos lograr qualquer êxito senão aí incluímos o seu grupo social entre os quais o mais significativo que é o da família. Daí a importância da Assistência ao familiar do doente mental através de grupo de família, incluindo visitas freqüentes aos familiares e usuários (de serviços substitutivos) como forma de integrar a terapêutica assistida ao doente de forma mais compartilhada. Não desconsiderando, portanto a importância dos hospitais de referência para tratamento de transtornos mentais, que realizam intervenções de urgência indispensável ao paciente em surto, assim como aos pacientes portadores de transtornos crônicos com longo período de internação onde muitos dependem exclusivamente dessas instituições. Wra2010-10-01

09) Grupos Especiais (Redução de danos) próxima atualização.
10) Alcoólicos Anônimos

Durante sua primeira década, Alcoólicos Anônimos acumulou uma experiência substancial que indicava que certos princípios e atitudes em nível de Grupo tinham grande valor para assegurar a sobrevivência da estrutura da Irmandade.
Em 1946, os co-fundadores e outros membros pioneiros condensaram esses princípios e os puseram por escrito na revista internacional de A.A., A.A. Grapevine, sob o título de AS DOZE TRADIÇÕES DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, as quais foram aceitas pela Irmandade e aprovadas plenamente na Convenção Internacional de Cleveland, Ohio, em 1950.
As Doze Tradições de AA dizem respeito à vida da própria Irmandade. Delineiam os meios pelos quais A.A. mantém sua unidade e se relaciona com o mundo exterior e a sua forma de viver e desenvolver-se.
Eis as Doze Tradições que nos mantém unidos à despeito das diferenças legais e culturais que existem nos mais de cento e cinquenta Países onde a irmandade de Alcoólicos Anônimos está presente. Ainda que as Doze Tradições n‹o sejam obrigatórias para nenhum membro ou Grupo de A.A., a maioria deles as adotam como base para ampliar as relações internas e públicas da Irmandade. 

AS DOZE TRADIÇÕES DE A.A.
 
PRIMEIRA Tradição Nosso bem-estar comum deve estar em primeiro lugar; a reabilitação individual depende da unidade de A.A.
SEGUNDA Tradição Somente uma autoridade preside, em última análise, o nosso propósito comum - um Deus amantíssimo que Se manifesta em nossa consciência coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de confiança; não têm poderes para governar.
TERCEIRA Tradição Para ser membro de A.A., o único requisito é o desejo de parar de beber.
QUARTA Tradição Cada Grupo deve ser autônomo, salvo em assuntos que digam respeito a outros Grupos ou a A.A. em seu conjunto.
QUINTA Tradição Cada Grupo é animado de um único propósito primordial - o de transmitir sua mensagem ao alcoólico que ainda sofre.
SEXTA Tradição Nenhum Grupo de A.A. deverá jamais sancionar, financiar ou emprestar o nome de A.A. a qualquer sociedade parecida ou empreendimento alheio à Irmandade, a fim de que problemas de dinheiro, propriedade e prestígio n‹o nos afastem de nosso propósito primordial.
SÉTIMA Tradição Todos os Grupos de A.A. deverão ser absolutamente auto suficientes, rejeitando quaisquer doações de fora.
OITAVA Tradição Alcoólicos Anônimos deverá manter-se sempre não profissional, embora nossos centros de serviços possam contratar funcionários especializados.
NONA TRADIÇÃOA.A. -Jamais deverá organizar-se como tal; podemos, porém, criar juntas ou comitês de serviço diretamente responsáveis perante àqueles a quem prestam serviços.
DÉCIMA Tradição Alcoólicos Anônimos não opina sobre questões alheias à Irmandade; portanto, o nome de A.A. jamais deverá aparecer em controvérsias públicas.
DÉCIMA PRIMEIRA Tradição Nossas relações com o público baseiam-se na atração em vez da promoção; cabe-nos sempre preservar o anonimato pessoal na imprensa, no rádio e em filmes.
DÉCIMA SEGUNDA TRADIÇÃO- O anonimato é o alicerce espiritual das nossas Tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de colocar os princípios acima das personalidades
* AS DOZE TRADIÇÔES - Forma Integral: consultar o Livro: "OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÔES" - Disponível na JUNAAB - Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil Avenida Senador Queiroz, 101 2¼ andar cj 205 Caixa Postal 580 - CEP 01060-970 S‹o Paulo/SP – Brasil
11) Atendimento Clinico Individual ( próxima atualização)

12 )Atendimento Multiprofissional

Atendimento Multiprofissional é um tipo integrado de atividade, em que vários profissionais, em suas instituições, utilizam com forma de melhor interagir frente aos problemas de saúde mental. Problema no sentido de sua complexidade, da melhor compreensão de uma melhor explicação sobre determinados casos em transtornos psiquiátricos. O Processo de atendimento multiprofissional é direcionado no sentido de aprofundar tanto o conhecimento quanto as praticas de intervenções. Deve ser realizado de fato com decisões e conclusões que melhor se adéquem ao projeto terapêutico da instituição e a necessidade do paciente. Sem levar em consideração as capacidades técnicas e suas especializações. Pois afinal de contas este aspecto peculiar a cada profissão, não deve ser utilizado no momento do atendimento multiprofissional como instrumento de discussões técnicas, que envolvam conhecimentos e saberes especializados. Assim cada profissional deve diante de seu entendimento e do dialogo com os demais profissionais, assumir sua independência em relação a sua decisão e em relação ao julgamento de outros integrantes da equipe. Mais ao mesmo tempo diante do dialogo com os demais profissionais chegar a uma conclusão de consenso. Isto porque no tipo de trabalho integrado cada profissional deve agir com um colaborador, uma vez que a ação do projeto de trabalho que está sendo realizado não é individual. E por este aspecto não deve ser concluído tomando como base apenas o entendimento de um dos integrantes da equipe. A não ser que este argumento ou entendimento seja de tudo lógico e de consenso.

COMETÁRIO-O atendimento multiprofissional deve ser realizado em determinado dia, turno e hora da semana, em ambiente adequado, sala com espaço suficiente para a equipe, sem interferências de terceiros e com a participação de todos os profissionais, envolvidos no processo terapêutico do paciente. Toda as decisões tomada pela equipe dever ser relatada em livro de ocorrência, de preferência especifico para esta atividade. Assim como também as devidas anotações em prontuários. Devendo ser anotado as alterações feitas no esquema medicamentoso, indicações para novas inclusões em outras atividades terapêuticas. Assim como os motivos para sua alta hospitalar. Ao concluir os trabalhos todos devem assinar o livro de ocorrência e os prontuários e colocar o devido carimbo. O trabalho em equipe multiprofissional dever ser realizado sempre cumprindo as normas estabelecidas assim como dia, hora e turno alem da participação de todos os membros da equipe. Devendo sempre lembrar que a relação entre os membros da equipe deve ser recíproca frente às diversas intervenções.


14) Horta Terapêutica

A horta terapêutica é uma atividade auxiliar no tratamento de pacientes portadores de transtorno mental seja ele grave ou não. Esse tipo de terapia é uma atividade ocupacional, que em primeiro lugar deve ser destinada ao paciente que se identifica por esse tipo de atividade. A horta terapia tem importância fundamental para a vida dos pacientes internos em instituições psiquiátricas ou mesmo em serviços substitutivos. A atividade deve ser realizada por um pequeno grupo de pacientes, que serão acompanhados, sempre por responsável técnico em agricultura, e por outros profissionais, assim como; psicólogas e assistentes sociais da instituição, que assumira a responsabilidade de auxiliar no direcionamento das tarefas a ser realizadas pelos pacientes, cuja finalidade e atender as necessidades e limitações da cada usuário. Deve ser realizada apenas como forma terapêutica, sem preocupação com o sistema de produção, sem a utilização de produtos químicos, a fim de prevenir possíveis intoxicações e até outras ocorrências mais graves assim com a sua ingestão, devido à vulnerabilidade apresentada por alguns pacientes em sua psicopatologia. Uma atividade na horta terapêutica possa a assumir um papel auxiliar na reintegração social e no aumento da auto-estima do paciente. As atividades da horta devem ser realizadas em dias predefinidos pelos técnicos que assistem aos usuários na instituição, levando em consideração no processo de seleção, alguns critérios entre os quais; condições de estabilidade emocional (comportamento), interesse e motivação para o trabalho, não selecionar para essa atividade pacientes que tenham apresentado intercorência freqüente de comportamento agressivo, uma vez que o trabalho é realizado com ferramentas que poder ser utilizadas em caso de algum intercorência durante a atividade como arma para agredir outro membro da equipe.wra2010-09-29

Comentário – Para a implantação de uma atividade terapêutica - do tipo horta terapia - e necessário que se faça um projeto. Aqui apenas ficaram evidentes apenas alguns aspectos desse tipo de atividade, uma vez que para a realização da horta terapia é necessário que seja realizado varias etapas que vão desde os objetivos gerais para os específicos no que se refere aos aspectos terapêuticos propriamente ditos, assim como as etapas que estão voltadas para a realização das atividades que os pacientes irão desenvolver durante o trabalho na horta. O trabalho em horta terapia pode apresentar características distintas podendo ter objetivos comerciais, educativas... Neste nosso caso sua característica é essencialmente terapêutica. Enfim para a realização desse tipo de atividade necessário se faz a realização de um projeto, uma vez que e um trabalho de natureza técnica agrícola e ao mesmo tempo terapêutica, e por esse motivo envolve também profissionais da área de saúde. No que se refere aos aspectos técnicos agrícolas é obvio que o mesmo seja desenvolvido por um técnico desta área, que junto com os profissionais da área de saúde vão delimitar os melhores procedimentos a serem adotas em benéficos terapêutico dos pacientes. Wra2010-09-29

15) Biodança

A Biodança é uma técnica terapêutica criada pelo Psicólogo e Antropólogo Chileno Rolando Toro Araneda. Biodanza do espanhol é um neologismo do grego Bio = a vida + dança que em nosso entendimentos significa a "dança da vida".Seu principal objetivo é a integração afetiva humana através de um encontro não-verbal utilizando como instrumento a musicas. A biodança teve inicio na década de 60 e hoje é utilizada como forma de integrar pequenos grupos numa relação de expressão através da dança, descontraída e afetivamente carregada de significados. Tem como objetivo principal oferecer aos membros do grupo oportunidades para melhorar o seu bem estar, alem de proporcionar uma tomada de consciência ética e respeito ao próximo e em consequência obter uma melhor qualidade de vida. Entre os elementos das biodança podemos destacar os seguintes aspectos:
a) vitalidade (que é o meio através do qual se extravasa a energia vital)
b) sexualidade ( este aspecto é favorecido pelo desenvolvimento do contato pessoal e progressivo)
c)-afetividade (é alimentada dentro do grupo através da expressão afetiva,espontânea através do inter-relacionamento)
d) transcendência ( a consciência e sua evolução, o seu desenvolvimento como formador de uma síntese perceptiva de ser como parte integrante de um todo cósmico)
e) criatividade ( é a capacidade que tem o individuo como ser humano de renovação e mudanças significativas dentro de si)

CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA VIVENCIA (Rolando Toro)

a - Experiência original - cada uma é singular
b-Anterioridade à consciência - a manifestação do ser tem prioridade sobre as consciências no processo geral de integração.
c-Espontaneidade – não pode ser controlada pela vontade e uma manifestação inconsciente.
d-Subjetividade -Cada pessoa tem uma vivencia única,ela e subjetiva e é manifesta a partir da identidade
e- Temporalidade – a vivência é passageira.
f-Intensidade - A vivência aumenta quando diminuí a atividade da consciência.
f- Emocionalidade - a vivência dá origem a emoções
 h-Dimensão sinestésica – A vivencia e acompanhada de sensações de movimento que envolve todo organismo.
i-Dimensão ontológica – A vivência forma uma conexão entre o ser e a percepção na tomada de consciência de estar vivo.
j-Dimensão psicossomática – A vivencia é uma transmutação do psíquico em orgânico e do orgânico em psíquico. Há vivências que produzem desorganização, e produz distúrbios a nível orgânico ou psíquico; Porem há vivências de integração que favorecem uma elevação do grau de saúde e de vitalidade.

Comentário - O fundamento da Biodança é a estimulação de vivencias através da musica, da dança nos encontros grupais. Na biodança não se leva em consideração os padrões de conduta, pois à vivência tem prioridade sobre o pensamento lógico racional. Na Biodança ressalta-se a vivencia como capaz de produzir efeitos sobre a identidade e sobre os processos de integrações afetivas. Para que seja realizada uma sessão de Biodança e necessário profissional qualificado conhecedor dos aspectos teóricos do fenômeno Biodança. Pois o mesmo apesar de não interferir nos processo de vivencias de cada participante do grupo. Deve ser conhecedor das características essenciais que se manifestam através da Biodança, afim de que possa facilitar e saber como e quando e o que se dever fazer em beneficio do bom aproveitamento da técnica para o grupo.

16) Psicodrama 

Jacob Levy Moreno nasceu na Romênia em 1822 e faleceu em 1974 nos Estados Unidos. Foi o criador do Psico-drama e o Sociodrama. Quando morava nos EUA sistematizou suas descobertas a Socionomia.

E dividiu da seguinte forma:
a) sociometria (que mede as relações entre os membros do grupo)
b) sociodinâmica [ role-playing (ou jogo de papeis)dinâmica de grupo]
c) sociatria (a forma como se realiza as relações grupais)

A sociatria pode ser realizada através do Sociodrama, Psico-drama e a Psicoterapia de grupo. A nova teoria Psico-drama e carregado de forte conteúdo emocional e surgiu como una nova forma de investigação para o conhecimento e terapia dos conflitos psicológicos. Moreno desenvolveu uma nova teoria que se baseia numa nova concepção do homem e da saúde, tem como base a espontaneidade, o otimismo sobre o vital, o amor a catarse e os papeis que o Eu do individuo vai formando. Com o passar do tempo esta busca pelos verdadeiros valores do homem em sua forma dramática e espontânea ( o ético,religioso e cultural) passou a denominar de Axiodrama que foi reconhecido como o primeiro conteúdo do Psico-drama. 

O Psico-drama surgiu em Viena num teatro dramático que não possuía nenhuma equipe de atores, em uma peça e que se apresentou sozinho sem nenhuma preparação, diante de grande numero de pessoas. Moreno descreveu que no palco havia apenas uma poltrona, como um trono de rei,no assento uma coroa dourada."Surgiu com o intento de tratar o público de enfermidade,uma síndrome cultural e patológica que os participantes compartilhavam no momento (Viena encontrava-se em pós-guerra,não havia governo... a Asturia estava inquieta em busca de uma nova alma)"
Este foi o inicio de uma nova forma de expressão catártica* que é realizada pelo exercício da espontaneidade e sustenta-se na teoria dos papeis,que veio a construir o método psicodramático de abordagem para os conflitos interpessoais através do grupo. A estrutura do Psico-drama é basicamente um ambiente grupal (setting) com a presença do diretor de sena ( o terapeuta ) seus egos auxiliares e o publico e os protagonistas ( formado pelos próprios pacientes).
*a improvisação dramática retomou o conceito de catarse uma vez que esta técnica permite uma identificação do espectador com os atores, e para que isto aconteça deve existir a espontaneidade e a criatividade, pois é na criação espontânea que se realiza o vinculo do homem com o mundo.

COMENTÁRIO - Psico-drama pode ser aplicado em duas áreas distintas, a Psicoterapêuticas e a pedagógica. É uma técnica baseada em atividades realizadas em grupo, cujo fundamento é a espontaneidade e criatividade e a teoria dos papeis. É um jogo do faz de contas. Também existem outros pontos relevantes para a realização do Psico-drama pode-se destacar: a empatia que é capacidade de se sentir o que sentiria se estivesse em situação experimentada por outra pessoa; Co-inconsciente, as experiências que são comuns a duas ou mais pessoas e que se dão em estado inconsciente: tele que é a capacidade de se ver de forma objetiva em situações ocorridas e o que se passa entre as pessoas; além da matriz de identidade. O Psico-drama é uma técnica bastante simples, porém para que seja realizado e necessário um terapeuta extremamente capacitado conhecedor dos fundamentos e dos conceitos operacionais de sua terminologia. Ser conhecedor das teorias do Psico-drama, dos papeis, da Psicoterapia Grupal, da Espontaneidade, e da Psicanálise e sua relação com o Psico-drama.

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